domingo, 10 de outubro de 2010

Abordagem do Paciente Em Terapia Intensiva: Desafio Humanizado De Tratamento Pelo Fisioterapeuta

 
                      Atualmente é indiscutível o papel do profissional da fisioterapia no ambiente de terapia intensiva. Sedimenta-se esta forma de abordagem diante da complexidade dos eventos clínicos que injuria cada vez mais os pacientes, não apenas pela causa de admissão de sua entrada na UTI, mas pelas várias complicações que acompanham uma internação. Não é de se entranhar que pela multiplicidade de procedimentos realizados em uma UTI, o paciente saia ileso de complicações além da famigerada doença de base, motor de seu ingresso na unidade. Entubação, acesso venosos, introdução de cateteres, drenos, posturas viciosas, ventilação artificial, sondas, meias pneumáticas, monitorização contínua etc. Por um lado, o desenvolvimento dos recursos tecnológicos vem contribuindo com a qualidades dos serviços prestados, e é patente a evidencia das elevadas chances de recuperação dos paciente devido a refinada e avançada tecnologia empregada nos equipamentos e na qualificação da equipe multidisciplinar especializada. No entanto, no que se refere à forma de abordagem da equipe nos pacientes internados, muito se precisa avançar para minimizar as complicações. É inequívoca a idéia de que o tratamento desumano vem reservando um espaço desmedido no rol das seqüelas deixadas nas passagens de pacientes internados na UTI.

                   De fato, a abrangência tecnológica ao mesmo tempo em que concorre com a restauração a normalidade decorrente do dano clínico, entrava esse processo diante de uma intervenção humana desnaturada. A concepção “coisificada” do corpo torna o paciente, não apenas vítima da doença como da própria condição de objeto de intervenção médica, mesmo com a melhor das intenções que é salvar a vida dos mesmos.

                   A especialidade médica e as intervenções específicas configuram a idéia centrada na compartimentalização do corpo do individuo, em que um sistema do corpo humano é focado em detrimento ao todo que se torna irrelevante dentro do contexto de  sofrimento captado no período de internação. O trato com o corpo em unidade de terapia intensiva vem sendo transformado em um programa de rotina técnica sem um único vestígio humanizado no processo de acolhimento e minimização das complicações. 

                  Boa parte dos depoimentos de pessoas que vivenciam a experiência de internação em uma unidade de terapia intensiva não visualiza o impacto da contribuição do avanço tecnológico e da excelência técnica dos especialistas, mas sim, do tratamento dirigido a eles. Não é fácil estar em uma cama fragilizado com a doença crítica ser tratado como um número, aviltado em sua intimidade com abordagens que o expõem a pessoas estranhas, atingido com um trato frio, técnico, manipulado como se estivesse  lavando um banheiro, consertando uma máquina, abrindo uma geladeira. 

                  Para o fisioterapeuta, o grande desafio é compreender a noção de que a abordagem física, o toque a manipulação do corpo não é apenas um recurso aplicado para reabilitar as conseqüências nefastas da imobilidade do paciente na UTI. Trato humanizado e integralidade de segmentos com o todo é sua maior contribuição no processo de restauração. A grande variedade de enfermidades que acometem o paciente em terapia intensiva afeta diretamente a irrigação sistêmica incluindo a perfusão cerebral alterando as funções neurológicas como o nível de consciência e a percepção sensitiva. O importante é incitar a técnica estimulando a realização da fisioterapia motora integrativa combinando o movimento envolvido em um processo de informação sensorial, o que por sua vez transforma o cérebro em um circuito integrado que realiza funções de processamento.

                   Mas a condição clínica ainda é o farol que norteia a programação terapêutica. Algumas situações, como a sedação, nível de consciência reduzido, delirium etc, não permite que a integralidade se cumpra. Um foco mais dinâmico dependerá da clinica e sua melhora poderá ser o caminho para uma participação mais ativa do paciente na terapia. Bom senso será sempre o guia para se evitar os movimentos repetitivos de forma abusiva aplicadas pelo fisioterapeuta. Mudanças de decúbito, e a ajuda de uma troca de fralda, são bons exemplos de abordagens mais funcionais. 

                   Tudo isso se descaracteriza quando o tratamento dirigido ao paciente se conforma em uma acolhida fria, imparcial, técnica demais e apática, insensível e indiferente de menos. Uma concepção de paciente como instrumento para intervenção, como objeto inerte, como coisa, como número deve ser abolida. Tratamento digno acima de tudo, conferindo um sentimento afável, benévolo, solidário. Um olhar tênue, leve, suave e brando, contrariando com a solidão, angústia e infortúnio da doença. O grande desafio para o fisioterapeuta intensivista, é implementar uma atitude mais humanizada como objetivo terapêutico e incorporar as medidas como recurso. Incontestável que o resultado no processo de cura alcançará um grande êxito.

FONTE:  Dostoievsky Ernesto de Melo Andrade -  Fisioterepêuta Intensivista. Prof. do Estágio Supervisionado I do Curso de Fisioterapia do UNIPÊ e do Módulo de Atividade Prática(Terapia Intensiva) da Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória do UNIPÊ    

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ceará Elege Dep. Estadual e Federal Fisioterapeutas e Piauí elege uma grande representante da FISIOTERAPIA

                   Deputada Federal  GORETE PEREIRA , fisioterapeuta reeleita deputada federal. Dessa vez o estado do Ceará e o estado do Piauí obtiveram  uma  conquista maior : A Fisioterapia será representada tanto na  Câmera  Federal como Estadual no Ceará e na Câmara Estadual do Piauí,   MARIA BETH ROSE FONTENELE ARAÚJO (Coligação NOVO TEMPO (PSDC / PRP CEARA) e  REJANE DIAS (PT) no estado do PIAUÍ, duas vozes nascem na assembléia legislativa CE/PI. As três tem a mesma fala, defender  a ciência  da fisioterapia/reabilitação das pessoas com Deficiência. Beth Rose e Gorete Pereira foram minhas professoras na Universidade de Fortaleza e Rejane Dias pelo seu trabalho desenvolvido à frente da SEID(Secretaria da Inclusão da Pessoa com Deficiência) como Secretária e como ex- primeira dama do estado do Piauí desenvolveu projetos  e criou 37 clínicas de reabilitação no estado do Piauí asssim como o CEIR( Centro Integrado de Reabilitação) localizado na capital Teresina que hoje é referencia nacional quando se fala em Reabilitação. Estou absolutamente feliz por Beth  Rose, por Gorete Pereira e por Rejane Dias, esta minha deputada estadual eleita no estado do Piauí. Nasce uma nova liderança, a sociedade agradece, teremos um novo caminho, uma nova visão de fazer política. Quanto a Gorete Pereira, sei que as portas de sua representação continuam  abertas e quanto a BETH ROSE e REJANE DIAS, são novas portas  e novas perspectivas . PARABÉNS AO ESTADO DO CEARÁ E AO ESTADO DO PIAUÍ, PARABÉNS A BETH ROSE, GORETE PEREIRA, REJANE DIAS E AOS FISIOTERAPEUTAS DO CEARÁ, PIAUÍ E DO BRASIL.....    Necessitamos de REPRESENTATIVIDADE na máquina do governo municipal, estadual e federal...